terça-feira, 28 de junho de 2011

Tempos de Paz, de Daniel Filho

Filme de Daniel Filho estrelado por Tony Ramos e Dan Stulbach, Tempos de Paz narra o tete-a-tete entre um imigrante polonês e um policial torturador ao final da II Guerra e nos estertores do Estado Novo getulista.

O filme é baseado na peça teatral “Novas Diretrizes em Tempos de Paz”, de Bosco Brasil, que também assina o roteiro do filme. A peça recebeu os prêmios Shell (Autor, Ator e Iluminação) e APAC (Associação Paulista dos Críticos de Arte - Autor e Ator).

Sociedade e política recebem novamente leitura do cinema brasileiro que, pela ótica de Daniel Filho, técnicos, atores e atrizes, ilumina na tela dobras sombrias da história do Brasil.

Ficha Técnica
Título original: Tempos de Paz
Gênero: Drama
Duração: 82 min.
Lançamento (Brasil): 2009
Distribuição: Downtown Filmes
Direção: Daniel Filho
Assistente de direção: Cris D'amato, \Cininha De Paula, Bruno Garotti
Roteiro: Bosco Brasil
Produção: Daniel Filho
Direção de produção: Sylvia Ramos
Produção executiva: Julio Uchôa, Claudia Bejarano
Co-produção: Globo Filmes, Lereby Produções, Downtown Filmes
Som: Zezé d'Alice
Fotografia: Tuca Moraes
Desenho de produção: Engênia Maakaroun
Direção de Arte: Cristina Cirne, Marcos Flaksman, Odair Zani
Figurino: Antônio Araújo, Marilia Carneiro
Edição: Diana Vasconcellos
Maquiagem: Rose Verçosa
Elenco

Tony Ramos (Segismundo), Dan Stulbach (Clausewitz), Daniel Filho (Dr. Penna), Louise Cardoso (Clarissa), Ailton Graça (Honório), Anselmo Vasconcelos (João), Leonardo Thierry (Capitão do Navio), Maria Maya (Enfermeira), Iafa Britz (Emigrante), Bernardo Jablonski (Professor Mesquita), Felipe Martins (Ratinho), Camila Lins (Criança Húngara), Pablo Sanábio (Oswaldo), Breno de Filippo (Policial 2 Imigração), Ewa Maria Parszewska (Havah), Marcos Flaksman (Padrinho), Liliane Mija (Passageira Romena), Atila Balazs Szemeredi (Passageiro Húngaro), Alexandre Bordalo (Barbosa (Motorista), Zezé d'Alice (Florinda), Carlos Henrique Case (Oficial 3), Nilvan Santos (Castilho (Diretor do Presídio), Ewa Stulbach (Senhora Ruiva), Ricardo Marecos (Policial 1 Imigração), Ion Muresanu (Senhor Romeno).

*             *             *

Caros Cineclubistas:

Na próxima quinta-feira, 30 de junho,  às mesmas indefectíveis 20 horas, assistiremos e estudaremos com nossos olhos, ouvidos, sistema nervoso central e coração – a parte mais importante desse sistema – ao último filme do semestre, Tempos de Paz, de Daniel Filho, com Tony Ramos e Dan Stulbach.

Esse filme, cujo debate ocorre na semana posterior, primeira quinta de julho, no mesmo bat-horário e mesmo bat-lugar, encerra a primeira parte, dedicada ao teatro, do nosso ciclo Antônio Gouveia Jr. de Cinema de Literatura brasileiras. Os filmes cobriram 8 décadas de nossa produção teatral e cinematográfica, de 1940 a 2000. Os debates, documentados em vídeo por João Luís de Brito Neto, constituem um verdadeiro curso de cinema brasileiro pela ótica revolucionário do cineclubismo.

Essa primeira parte do ciclo é uma vitória do cinema brasileiro que, por canais cineclubistas, vai fazendo sua história de resistência  a despeito das estatísticas acima de quaisquer suspeitas da ANCINE, para a qual o público só existe se pagar bilhete em cinema de shopping center. Aliás, os dirigentes da dessa Agência deveriam ter coragem de propor de vez a mudança de nome para Agência Nacional de Cinema DE MERCADO, uma vez que é disso de que se trata.

Nossas sessões de quintas-feiras, seguidas de debates nas quintas posteriores, são um movimento contínuo, firme, amoroso de resistência. Por isso, é importante que essa primeira parte do Ciclo seja encerrada com sala cheia, e que o de bate na quinta posterior, 7 de julho, seja um ato convicto em defesa do cinema brasileiro. Nesse caso, sala lotada faz diferença, pois indica a força de nossa decisão.

Por isso os que organizamos o Cineclube Baixa Augusta convidamos todos à nossa sessão de quinta próxima, não apenas para assistir a um filme da recente cinematografia brasileira, Tempos de Paz, mas para emprestar seu apoio à nossa luta em defesa do cinema brasileiro e contra o imperialismo cultural, que trata nosso espaço simbólico audiovisual como território invadido e ocupado, como um backyard, literalmente quintal dos fundos de seus hambúrgueres culturais, cheios de gordura e calorias, mas sem “sustança” e sabor verdadeiros.

Venha, traga os amigos e empreste seu apoio à luta pela expulsão das  tropas invasoras de parte do nosso território simbólico audiovisual, afinal, 90% de ocupação é um pouco demais, não acham?


Viva o cinemba brasileiro!
Viva o cineclubismo brasileiro!
Viva o nosso amigo Antônio Gouveia Jr.

CINECLUBE BAIXA AUGUSTA

Centro Cineclubista de São Paulo
R. Augusta, 1239 – Cj. 13


*     *     *

PROGRAMAÇÃO - PRIMEIRO SEMESTRE
A PARTIR DE MARÇO - 2011
Sempre às quintas-feiras, 20 horas.


MÊS
DIA
FILME
ANO
DIRETOR
PEÇA
MARÇO
3
O ébrio
1946
Gilda Abreu
O ébrio, Peça de circo de Vicente Celestino
10
Fórum "O Ébrio"
17
Terra é sempre terra
1951
Tom Payne
Paiol velho, de Abílio Pereira de Almeida
24
Fórum "Terra é sempre terra"
31
A falecida
1965
Leon Hirszman
A falecida de, Nelson Rodrigues
ABRIL
7
Fórum "A falecida"
14
A compadecida
1969
George Jonas
O auto da Copadecida, de Ariano Suassuna
28
Fórum "A compadecia"
MAIO
5
Dois perdidos numa noite suja
1971
Braz Chediak
Dois perdidos numa noite suja, de Plínio Marcos

19

Fórum "Dois perdidos numa noite suja"
26

À flor da pele

1976

Fco. Ramalho

À flor da pele, de Consulelo de Castro
JUNHO
2
Fórum "À flor da pele"
9
Ópera do malandro
1986
Ruy Gyerra
Ópera do Malando, de Chico Buarque de Holanda
16
Fórum "Ópera do malandro"
30
Tempos de paz
2009
Daniel Filho
Novas diretrizes em tempo de paz, Bosco Brasil
JULHO
7
Fórum "Tempos de paz" e encerramento do 1o. semestre

OS FÓRUNS, sempre nas quintas-feiras posteriores às exibições, têm formato criativo. Além de debate sobre filme, peça adaptada e respectivos diretores e dramaturgos, sempre se contará com presença de atores, técnicos e pesquisadores. Nos fóruns orrerão também exposição de objetos artísticos, recitais poéticos e espetáculos musicais relativos à trilha sonora do filme ou da peça. Nos fóruns também haverá lugar para feira cultural, cujo tema relaciona-se ao filme da semana.

Com isso, o Cineclube Baixa Augusta e o Centro Cineclubista de São Paulo querem articular artistas e agentes culturais em torno do cinema brasileiro e da militância cineclubista.

VIVA O ARTISTA BRASILEIRO!
VIVA O CINEMA BRASILEIRO!
VIVA O MOVIMENTO CINECLUBISTA BRASILEIRO!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ópera do Malandro, de Ruy Guerra

Filme inspirado no clássico de John Gay e no musical A Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht e Kurt Weill Ópera do Malandro” é um excelente musical brasileiro. Adaptação para o cinema da peça homônima de Chico Buarque, o filme contou com o próprio Chico na estruturação do roteiro, bem como na preparação da banda sonora. Realizado pelo cineasta Ruy Guerra, o filme foca o autoritarismo reinante no Brasil na época da ditadura Vargas, mais precisamente no ano em que os japoneses atacaram Pearl Harbor. Assim, a política, os jogos do poder e as alianças espúrias estão presentes, ainda que de uma forma disfarçada. As belas músicas são magnificamente coreografadas, cantadas, dançadas e interpretadas. A elas, soma-se a excelência da direcção de Ruy Guerra. Enfim, “A Ópera do Malandro” é um musical imperdível.


FICHA TÉCNICA


Direção: Ruy Guerra
Roteiro: Chico Buarque de Hollanda, Ruy Guerra e Orlando Senna.
Cor, 100 min

ELENCO

Edson Celulari.... Max Overseas, Cláudia Ohana.... Ludmila Struedel, Elba Ramalho.... Margot, Fábio Sabag.... Otto Struedel, J.C. Violla.... Geni, Wilson Grey.... Sátiro, Maria Sílvia.... Victoria Struedel, Ney Latorraca.... Tigrão, Cláudia Jimenez.... Fiorella, Andréia Dantas.... Fichinha, Ilva Niño.... Dóris, Zenaide.... Dorinha Tubão, Djenane Machado.... Shirley Paquete, Katia Bronstein.... Mimi Bibelô, Lutero Luiz.... Porfírio, Bernard Seygnoux, Conceição Senna, John DooPaulo Henrique, Mauro Gorini, Carlos LofflerCandido DammAngel Morsi, Ângela de Castro, Denise Telles, Letícia B. de Mello, Lia RodriguesValéria Rowena.


PROGRAMAÇÃO - PRIMEIRO SEMESTRE
A PARTIR DE MARÇO - 2011
Sempre às quintas-feiras, 20 horas



MÊS
DIA
FILME
ANO
DIRETOR
PEÇA
MARÇO
3
O ébrio
1946
Gilda Abreu
O ébrio, Peça de circo de Vicente Celestino
10
Fórum "O Ébrio"
17
Terra é sempre terra
1951
Tom Payne
Paiol velho, de Abílio Pereira de Almeida
24
Fórum "Terra é sempre terra"
31
A falecida
1965
Leon Hirszman
A falecida de, Nelson Rodrigues
ABRIL
7
Fórum "A falecida"
14
A compadecida
1969
George Jonas
O auto da Copadecida, de Ariano Suassuna
28
Fórum "A compadecia"
MAIO
5
Dois perdidos numa noite suja
1971
Braz Chediak
Dois perdidos numa noite suja, de Plínio Marcos

19

Fórum "Dois perdidos numa noite suja"
26

À flor da pele

1976

Fco. Ramalho

À flor da pele, de Consulelo de Castro
JUNHO
2
Fórum "À flor da pele"
9
Ópera do malandro
1986
Ruy Gyerra
Ópera do Malando, de Chico Buarque de Holanda
16
Fórum "Ópera do malandro"
30
Tempos de paz
2009
Daniel Filho
Novas diretrizes em tempo de paz, Bosco Brasil
JULHO
7
Fórum "Tempos de paz" e encerramento do 1o. semestre


OS FÓRUNS, sempre nas quintas-feiras posteriores às exibições, têm formato criativo. Além de debate sobre filme, peça adaptada e respectivos diretores e dramaturgos, sempre se contará com presença de atores, técnicos e pesquisadores. Nos fóruns orrerão também exposição de objetos artísticos, recitais poéticos e espetáculos musicais relativos à trilha sonora do filme ou da peça. Nos fóruns também haverá lugar para feira cultural, cujo tema relaciona-se ao filme da semana.

Com isso, o Cineclube Baixa Augusta e o Centro Cineclubista de São Paulo querem articular artistas e agentes culturais em torno do cinema brasileiro e da militância cineclubista.


VIVA O ARTISTA BRASILEIRO!
VIVA O CINEMA BRASILEIRO!
VIVA O MOVIMENTO CINECLUBISTA BRASILEIRO!