terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Meow e outros curtas brasileiros


NESTA SEXTA
7 de dezembro
ÚLTIMA SESSÃO DO BAIXA AUGUSTA ESTE ANO
Não há como negar: Meow, Animação de Marcos Magalhães,  é um marco na história do cinema de Animação Brasileiro.

A história do gatinho que se rende ao charme da publicidade para deixar de tomar leite é um ponto de referência para muitos animadores, animaníacos, professores e fãs do cinema. Tanto é que, em 1982 ganhou o prêmio especial do Juri no Festival internacional do Cinema de Cannes. Um dos mais aclamados festivais de cinema do mundo.



O curta de animação “Meow”, de Marcos Magalhães, produzido em 1981, me fez lembrar duas referências, uma histórica e outra cultural: a primeira sendo o boicote aos produtos britânicos em protesto empreendido por Mahatma Gandhi em defesa do uso entre os seus conterrâneos de vestimentas a base de algodão, o que contrariava os interesses da crescente e poderosa indústria têxtil inglesa que dominava seu país, a Índia; O outro, subsídio cultural surgido depois do lançamento desse curta de Magalhães, é a música dos Titãs, “Comida”, na qual em algumas estrofes vemos as seguintes frases... “Você tem fome de que? Você tem sede de que?”.

E qual é a relação entre a animação “Meow” e essas duas referências tiradas do baú por mim? Em primeiro lugar é importante destacar que a obra de Marcos Magalhães parece, a princípio, datada, ou seja, fruto de uma época. Não é. Logicamente essa produção espelha idéias que naquele início de década de 1980 estavam em voga, motivadas em particular pela batalha ideológica que se travava entre capitalistas e socialistas, aliados dos Estados Unidos e simpatizantes da União Soviética.

Mas não creio que esse documento audiovisual seja datado. Penso que há ainda bastante atualidade em suas idéias, em especial no que se refere à crítica evidente em relação à aculturação de países mais pobres, subdesenvolvidos ou em crescimento, com a substituição dos valores de suas culturas originais pelos estandartes dos países dominantes, situação essa que hoje em dia ainda persiste e que é identificada como conseqüência, sem contra-indicações, da globalização.

Outro aspecto que salta aos olhos e que pode ser utilizado como elemento de reflexão e debate é a substituição do leite pela “soda” (refrigerante) como alimento do personagem principal, o gato. Devendo-se também adicionar a essa reflexão o fato do gato miar em língua estrangeira... Os sons por ele emitidos não são escritos no tradicional “miau” da língua portuguesa e sim, no modelo identificado a partir do idioma de Shakespeare, o inglês, estando grafado como “meow”, inclusive no título...

A comparação com Gandhi e com a música “Comida”, dos Titãs, caminha, portanto, nessa trilha, ou seja, a da imposição evidente de valores, práticas, produtos, ações e até mesmo de uma linguagem estrangeirizada, um tanto quanto alienígena aos princípios e bases das civilizações que recebem essas influências e que, mobilizadas pela força do capital, da mídia, dos interesses políticos e do poder das corporações, pouco ou nada pode fazer para resistir...

Por João Luís de Almeida Machado, que viveu os anos da guerra ideológica entre EUA e URSS e percebe que os resquícios daquela época ainda estão por aqui...



quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Jonas, que terá 25 anos no ano 2000

NESTA SEXTA, 30 DE NOVEMBRO, SESSÃO ESPECIAL NO CINECLUBE BAIXA AUGUSTA

Jonas Qui Aura 25 Ans en l'an 2000 - França - 1976
Direção: Alain Tanner
Elenco: Jean-Luc Bideau, Rufus, Miou-Miou, Jacques Denis, Dominique Labourier.


SINOPSE 1
Há oito personagens principais em Jonas, todos na casa dos vinte ou trinta anos, e todos buscando soluções para os problemas trazidos para a consciência geral pelos eventos de 1968. Nenhum deles é um burguês confortável, eles são o tipo de fantasistas e obsessivos que eram considerados marginais antes de 1968 ... Cada um dos oito personagens é uma utopia de algum tipo, exceto para o antigo ativista desiludido, Max...
(http://artecinemafilme.blogspot.com.br/2010/05/dvd-jonas-que-tera-25-anos-no-ano-2000.html)

*     *     *
SINOPSE 2
O filme segue a vida de um grupo de 8 pessoas, na sequência da agitação social e política de maio de 1968 na França, incluindo um professor de história, um sindicalista e um boêmio.

Importância Histórica: O diretor Alain Tanner é um dos fundadores do “Groupe Cinque”, que reuniu jovens cineastas suíços no início dos anos 60, influenciados pela NOUVELLE VAGUE. Realizador de vários filmes consagrados pela crítica, em 1976 ele realizou “Jonas” revelando a expectativa de uma geração desiludida com o seu passado e que não sabia o que esperar de um novo século que se aproximava. Política, questionamentos e muitas dúvidas são os elementos básicos dos oito personagens deste filme que foi exibido em Belém no final dos anos 70 e foi eleito um dos melhores do ano que foi exibido.
(http://www.belemweb.com.br/impressao_conteudo.asp?id=14194&pagina=28)


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CURTAS RUSSOS


23 DE NOVEMBRO - SEXTA-FEIRA - 19 horas - Incluindo O VELHO E O MAR:
Adaptado do romance de Ernest Hemingway, é um curta de 22 minutes, lançado em 1999 por Alexandre PetrovAlém deste, teremos outras animações russas.

"Eu já havia lido o livro há bastante tempo, e fiquei apaixonado pela obra. Decidi que um dia iria fazer o filme", contou o diretor Petrov. A produção não usa computação gráfica e levou dois anos, mais um ano de montagem. A técnica é impressionante e impressionista. Cada quadro do filme é uma obra de arte pintada a base de tinta siliconada sobre vidro. As mudanças para os quadros seguintes são repintadas no próprio vidro ou numa outra camada, detalhadamente. Os fadings, por exemplo, foram realizados pela maior ou menor exposição dessas telas vitrais à luz. As camadas sobrepostas na mesa de luz geraram imagens que foram fixadas em película de 70 mm, muito maior que as de 35 mm ou 16 mm, geralmente usadas para cinema, resultando num visual dos movimentos e cenários muito mais luminosos e impactantes (nos EUA, o filme foi projetado em cinemas de telas especiais, para garantir o impacto da técnica integralmente, o que não ocorrerá no Brasil). A pena é que cada uma dessas majestosas cenas teve vida efêmera – sobreviveu somente para compôr as cenas e nada mais. A montagem e dublagem foi feita em 1998 e, no ano seguinte, no centenário do escritor americano, Petrov presenteou o mundo com sua obra.

Segundo ele, o mais difícil na produção não foi de fato a arte. "Eu não queria sair do que o autor escreveu, mas queria, ao mesmo tempo, colocar algo da minha linguagem no roteiro. Essa foi a maior tarefa: adaptar a história do livro para o filme", disse o diretor. Desse modo, há no filme, assim como no livro, o prelúdio do Velho conversando com o garoto Santiago sobre sua derrocada depois de idoso. E a história é conduzida pelas elocubrações do Velho em alto mar e seu "diálogo" com o peixe resistente, acompanhada pelos seus encantos visuais, seus sonhos, e suas recordações da juventude.

John Sturges, que dirigiu Spencer Tracy como o Velho em 1958 na primeira adaptação do clássico para o cinema, e a produção televisiva que contou com Anthony Quinn como protagonista em 1990, não conseguiram dar tamanho lirismo ao trabalho do escritor americano. Nada se compara e, ainda que a tecnologia cinematográfica avance a cada ano, parece pouco provável que alguém consiga realizar o que Petrov realizou.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O IIusionista

9 de novembro, 19,30 horas

“L’Illusionniste” é o novo filme de animação do conceituado realizador francês Sylvain Chomet, que ganhou fama e prestigio com “Les triplettes de Belleville” (2003). “O Mágico” é uma homenagem às antigas formas de entretenimento, os ilusionistas, os ventríloquos, trapezistas e palhaços, mas é mais do que isso, é uma homenagem ao cinema mudo e ao mestre Jacques Tati.

Baseado num argumento originalmente escrito por Tati, em 1956, em dedicação a uma filha ilegítima que teve e que nunca chegou a ser realizado. Sylvain Chomet adapta esta história para a animação, pois de outra maneira não seria possível realizar este argumento. A história é passada na década de 50 numa altura em que a cultura pop começa a substituir as outras formas de entretenimento. Tatischeff (nome de nascença de Tati) é um ilusionista que percorre o mundo realizando espetáculos de magia em várias salas de teatro e Music Halls. A sua carreira está em vias de extinção, pois o mundo está em constante evolução e o público esquece-se desta arte, que é a magia. Tatischeff vê-se obrigado a apresentar o seu espetáculo num “pub”, na costa ocidental escocesa. Aí conhece Alice, uma jovem rapariga muito inocente, que fica imediatamente encantada com o mágico. A rapariga segue-o e passa a viver com ele como se fosse sua filha. A partir daqui, a vida de Tatischeff mudará para sempre.

A personagem Alice é de uma rapariga inocente que acredita na magia de Tatischeff. Ingenuamente, Alice pensa que pode ter tudo na vida com um simples truque de magia. Mas, infelizmente não é assim e ela acaba por perceber isso. Um palhaço abatido prestes a suicidar-se, um ventríloquo que vende o seu boneco e um trio de trapezistas que se “vendem” ao mundo da publicidade, são a imagem de um mundo em mudança que representam as velhas artes caídas no esquecimento.

A narrativa parece muito simples, mas pelo contrário é bastante complexa. É uma história com muitas características biográficas de Tati, o que faz com que este esteja sempre presente em todo o filme, em espírito, claro está. A própria personagem do ilusionista é a figura de Tati, a maneira como anda, como reage aos imprevistos, todos os tiques de Tati estão lá. E para que não restem dúvidas, o realizador Chomet oferece-nos uma bela surpresa, com a cena em que o ilusionista entra num cinema e depara-se com um filme de imagem real, protagonizado pelo próprio Tati (o filme “O Meu Tio”). O público sai da sala com a sensação de ter visto um novo filme de Jacques Tati, porque de facto, durante os oitenta minutos de duração do filme, Tati esteve sempre presente. E não é por acaso que foi Chomet a realizar este argumento, pois Chomet é um descendente de Tati, como se viu no primeiro filme “Les triplettes de Belleville”. O estilo de Chomet é um estilo muito pausado, com diálogos quase inexistentes, dando valor ás imagens e à ação, com muita mímica. Como se pode ver, quem conhece os filmes de Jacques Tati, sabe que tem o mesmo estilo de um cinema mudo.

O ilusionista é um filme que impressiona e fascina pelo seu visual. O desenho de Chomet é magnifico, com um traço clássico do desenho á mão. A nível técnico, Chomet, conseguiu misturar muito bem o digital com o desenho à mão. Todo o brilho, as cores e as belas paisagens, remetem-nos para aquela época. A banda sonora composta por Chomet é belíssima.

Chomet criou um filme mágico e dramático. É um filme que nos faz rir e chorar, com um final surpreendente. “O Ilusionista” é a prova de que o cinema de animação tradicional ainda está vivo e que não precisa do 3D para nada. Um dos melhores filmes do ano e um dos melhores filmes de animação de sempre. Um filme genial, adulto, subtil e belíssimo!

Persépolis

5 de outubro, 19,30h



Persépolis foi inspirado no romance gráfico (HQ) autobiográfico homônimo da autora iraniana Marjane Satrapi. O filme foi dirigido pela autora em colaboração com o cartunista francês Vincent Paronnaud.
        “Marji” é a filha de oito anos de uma família iraniana de esquerda. Família culta, moderna e ocidentalizada, faz com que desde pequena Marji participe de todas as verdades sobre sua família e seu país, como quando o pai da garotinha lhe explica a realidade do governo do Xá, pois ela não entendia a revolta das pessoas, já que aprendera na escola que os xás foram “escolhidos por Deus”. Através da narrativa pessoal de Marji veremos a história, os costumes, as relações familiares e sociais no Irã no período de 1978 até os anos 90.
        Durante este período a história do Irã muda radicalmente e isso vem a interferir profundamente na vida dos iranianos e ainda mais na vida de nossa sensível protagonista. Desde os anos 40 o país é governando pela dinastia do Xá Reza Pahlavi (imperador), que tem apoio (e controle) dos EUA, por questões “petrolíficas”. A população descontente com tal situação ajuda que se propicie a Revolução Islãmica. Acontece a deposição do Xá e a posse do aiatolá Ruhollah Khomeini (chefe religioso). Antes o Irã era uma monarquia alinhada ao Ocidente, mas depois, sem a total consciência por todos disto, o país vem a se tornar uma brutal ditadura fundamentalista islâmica. Esse governo começou a controlar a vida de todos, no famoso e cruel estilo de governo que alia indissociavelmente política e religião. As mulheres são obrigadas a usarem a burca e impedidas de namorarem e qualquer vestígio de ocidente era banido e considerado como imoral.
        Marji vai descobrindo isto na vivência e nas conversas que há em sua casa, com a visita de pessoas como seu tio Annouche, um ex-preso político. A insegurança, o medo, o terror, pioram com a deflagração da guerra entre Irã e Iraque.
        A partir daí, então, que ela começa a viver os traumas da guerra, o autoritarismo do regime, tomando conhecimento das práticas de tortura, vendo a supressão da liberdade individual na educação na escola e no militarismo nas ruas. Assim, seus pais decidem então enviá-la para terminar seus estudos na Áustria. Ela vai para o país com um valioso conselho de sua admirável e feminista avó. Lá tem liberdade plena de ser e dizer que o pensa, faz amigos, descobre os bons e ruins do amor, erra e acerta. Depois de algum tempo, passado altos e baixos em sua estada na cultura ocidental de estado laico, num período cheio de descobertas e intensa vivencia, ela se sente uma alienada, exilada e retorna ao seu país e à sua família. De volta, ela e sua família vivem neste regime enganando as autoridades com coisas proibidas que lhes fizessem mais felizes, como festas e bebidas alcoólicas.
        As partes do filme em cores remetem ao presente, enquanto em preto em branco remetem ao passado, pois o principal faz parte do passado. O filme começa e encerra-se com Marjane em cores, já adulta, num aeroporto da França, com os olhos em Teerã, sua capital natal. Porém não consegue retornar, e volta de taxi, na eterna busca de uma vida melhor, mesmo tendo a nostalgia de sua infância com seus pais.
        Apesar de todo este conteúdo disfórico, com guerra, repressão, decepções, Marji dirige a narrativa com bastante humor ou até uma ironia risonha, que nos faz conhecer toda a história sem ser chata, acadêmica ou formal.    
    Como se pode ver, Persépolis trata de muitos temas. De tradições, educação, família, idealismos, choque de culturas, crescimento pessoal, liberdade, autoritarismo, repressão, política, religião, costumes, amores, ilusões e desilusões, heroísmo, revolução, raízes, comprometimento, lealdade, etc, mas, sobretudo dos absurdos praticados pela humanidade contra ela mesma, Persépolis nos demonstra a valorização da família, a busca da identidade própria e a necessidade de se buscar uma vida melhor. Tudo isso num realismo que só uma animação como essa poderia demonstrar.


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Viva Norman McLaren!



AMANHÃ
14 de setembro - 19 horas
Espaço Itaú de Cinema.
R. Augusta, 1470 - Sala de Cursos

Amanhã nosso tradicional Cineclube Baixa Augusta exibe uma antologia de curtas metragens do genial animador escocês radicado no Canadá Norman Maclaren.



Organizada pelo cineasta e cineclubista João Luís de Brito Neto, essa sessão faz parte de nossa programação para este segundo semestre de 2012, toda ela dedicada ao cinema de animação.



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

American Pop


AMERICAN POP
HOJE
24 de agosto de 2012 - 19 horas
Espaço Itaú de Cinema
Rua Augusta, 1470 - Sala de Cursos


O Cineclube Baixa Augusta abre hoje sua programação do segundo semestre de 2012, dedicada a clássicos da animação para público adulto, com uma joia do cinema de animação: AMERICAN POP, de Ralph Bakshi, o genial animador da primeira adaptação para cinema de Senhor dos Anéis.

A técnica desse mestre do desenho articula as filmagens reais e ilustração primorosa para representar uma das mais representativas dimensões da arte norte-americana: a música popular, herança de imigrantes que, em meio aos dramas sociais do deslocamento no espaço e à adaptação dramática em um novo país e uma nova cultura, lutam pela sobrevivência, por seus sonhos e dão o seu quinhão precioso para construir a mais poderosa nação da terra, que usa esse poder para submeter outras nações, como o próprio American Pop ilustra, particularmente nas sequências de cenas da guerra do Vietnã, decalcada com primor de imagens documentais.


A história de quatro gerações de uma família judia de origem russa, com um grande talento musical, corre paralelo à história dos Estados Unidos. Zalmie, uma judia russa, emigra para a América, onde ele tenta rompercomo músico e comediante em um show de vaudeville,até que as feridas sofridas durante a I Guerra Mundial encerrou sua carreira como cantora. Seu filho Benny herdou sua paixão pela música. Como um adulto, Bennyse junta a uma banda de jazz como pianista, mas suacarreira foi interrompida quando ele morre em combate na II Guerra Mundial.

Tony, filho de Benny, o sangue também leva música eestá disposta a deixar sua marca como compositor. Ele também integra um grupo de poetas e músicos de San Francisco e, mais tarde tornou-se parte de uma banda pioneira psicodelia. Neste momento, torna-se um filho ilegítimo de pai Pete, que, em Nova York e protege e cuida, sem saber que seu pai verdadeiro.

Após a morte de Tony, Pete se refugiaram nas drogas enquanto se esforça para alcançar seu sonho de se tornarum verdadeiro rock star.

Ficha: 
Direção: Ralph Bakshi
Duração: 96'
Ano: 1980
País: Estados Unidos
Gênero: Ficção

ENTRADA FRANCA

terça-feira, 24 de julho de 2012

O incrível exército de Branca Leone


Próxima sexta-feira, 20 horas, 27 de julho na sala de cursos do Espaço Itaú de Cinema-Rua Augusta

No ano 1.000 D.C., um bravo cavaleiro parte da França para tomar posse de suas terras. No caminho, ele é assaltado e assassinado por um bando de foras-da-lei que, de posse da escritura, decidem pegar por si o terreno. Para isso, eles precisam de alguém que finja ser o cavaleiro e acabam encontrando a pessoa perfeita no atrapalhado Brancaleone. Começa aí uma incrível aventura, onde Brancaleone e seus homens enfrentam os mais diversos perigos: a peste negra, os sarracenos, os bizantinos, resultando em um dos filmes mais divertidos e criativos do cinema até hoje.
FICHA TÉCNICA

Título no Brasil: O Incrível Exército de Brancaleone
Título Original: L´Armata Brancaleone
País de Origem: Itália / França / Espanha
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 116 minutos
Ano de Lançamento: 1966
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.: SPECTRA
Direção:
Mario Monicelli

ElencoVittorio Gassman ... Brancaleone da NorciaCatherine Spaak ... MateldaFolco Lulli ... PecoroGian Maria Volontè ... Teofilatto dei LeonziMaria Grazia Buccella ... The widowBarbara Steele ... TeodoraEnrico Maria Salerno ... ZenoneCarlo Pisacane ... AbacucUgo Fangareggi ... MangoldGianluigi Crescenzi ... TacconePippo Starnazza ... PiccioniLuigi Sangiorgi ... ManucFulvia Franco ... LuisaTito García ... Filuccio Joaquín Díaz ... Guccione

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Perdidos na Noite

Dia 29 de junho, 20 horas - Sala de cursos do Espaço Itaú de Cinema - Rua Augusta.
Título original:
Midnight cawboy
Direção:
John Schlesinger
Elenco:
Dustin Hoffman, John Voight, Sylvia Miles, Brenda Vaccaro.
Duração: 113 minutos
Joe Buck é um cowboy inocente do Texas que tenta a sorte na cidade grande de Nova York, pensando em prostituir-se com ricas mulheres. Porém, o que ele descobre na verdade é uma dura realidade, que só se faz valer a pena através da amizade de um vagabundo conhecido como Ratso.
Ganhou 3 Oscars: Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado, além de ter recebido outras 4 indicações: Melhor Ator (Jon Voight e Dustin Hoffman), Melhor Edição e Melhor Atriz Coadjuvante (Sylvia Miles).

CURIOSIDADES
Dustin Hoffman usou pedras no seu sapato durante toda filmagem para que seu personagem (que manco) ficasse convincente em todas as cenas.

John Voight é pai de Angelina Jolie. Explica-se, então, aqueles lábios, que não são obra, pois, de cirurgião plástico.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Roma Cidade Aberta

Hoje, 25 de maio de 2012



De Roberto Rossellini
Com Anna Magnani e Aldo Fabrizi

Entre 1943 e 44, Roma, sob ocupação NAZI, é declarada "cidade aberta", para evitar bombardeios aéreos. Nas ruas, comunistas e católicos deixam as suas diferenças de lado para combater os alemães e as tropas fascistas.
Filmado logo após a libertação da itália, em locais reais e com atores amadores, Roma, Cidade Aberta tornou-se no marco inicial do neo-realismo italiano, que mostrou ao mundo que era possível fazer-se cinema mesmo sob as condições mais precárias. O filme é considerado um dos maiores da história do cinema pela crítica mundial.
Este filme foi um dos grandes marcos do cinema europeu, por ter marcado o início do neo-realismo no cinema transalpino. O filme, muito devido à sua temática, foi o primeiro filme europeu a ser exibido nos Estados Unidos da América depois do fim da Segunda Guerra Mundial e conheceu grande popularidade. Devido a tal, Rossellini recebeu diversos convites para filmar em Hollywood, algo que não chegou a concretizar. Este clássico foi filmado secretamente ainda numa capital ocupada pelos nazis. Para passar despercebido, Rossellini não utilizou equipamento de som durante as filmagens. O realizador chegou mesmo a recrutar elementos da Resistência italiana para fazer figuração. Toda a história é filmada em tom de documentário, suportado num excelente trabalho de fotografia de Ubaldo Arata, com uma narrativa e visualismo bastante crus, algo inusitado para a época e que influenciaria uma escola de realizadores que incluía nomes como John Cassavetes e Robert Altman. O filme venceria a Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1946. O argumento, elaborado por Federico Fellini e Sergio Amidei foi nomeado para o Óscar de Melhor Argumento Original.


http://jramosfranco1.blogspot.com.br/2009/08/roma-cidade-aberta-roberto-rossellini.html

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O ovo da serpetente


Dia 27 de abril, na sala de cursos do Espaço Itaú de cinema da rua Augusta

O Ovo da Serpente


Dir. Ingmar Bergman

Berlim, novembro de 1923. Abel Rosenberg (David Carradine) é um trapezista judeu desemprego, que descobriu recentemente que seu irmão, Max, se suicidou. Logo ele encontra Manuela (Liv Ullmann), sua cunhada. Juntos eles sobrevivem com dificuldade à violenta recessão econômica pela qual o país passa. Sem compreender as transformações políticas em andamento, eles aceitam trabalhar em uma clínica clandestina que realiza experiências em seres humanos.




Curiosidades, bastidores, novidades, e até segredos escondidos de "O Ovo da Serpente" e das filmagens!


David CarradineLiv Ullmann- O papel principal de Abel foi oferecido para Dustin Hoffman, mas o ator recusou o convite;

- Ingmar Bergman fez uso de umas de suas marcas registradas ao batizar um personagem com o sobrenome Vergerus;

- As filmagens ocorreram entre outubro e dezembro de 1976;

- O diretor queria matar um cavalo diante das câmeras para mostrar o desespero do povo alemão durante a crise de 1923. David Carradine avisou que, se ele fosse adiante com o plano, abandonaria a produção;

- Apesar de ter aceito a condição imposta pelo ator, o cineasta matou um cavalo e parte de seu corpo foi oferecido por um homem miserável para o personagem de Carradine;

- No começo do filme, a personagem Manuela (Liv Ullman) diz que mora na Bergmanstrasse, ou seja, o mesmo que Rua de Bergman, nome do diretor do longa.

Viste o excelente site: http://www.adorocinema.com

quarta-feira, 28 de março de 2012

O Baixa Augusta Voltou!


Amigos cineclubistas de São Paulo e amantes do bom cinema:

Informamos com muita alegria que conseguimos retomar a atividades deste terceiro ano do Cineclube Baixa Augusta, que terá suas sessões-debate no Espaço Itaú de Cinema (Antigo Espaço Unibanco de Cinema), da rua Augusta, na sala 6, reservada para cursos, reuniões audiovisuais e debates.
Agradecemos de coração ao amigo Adhemar Oliveira, idealizador e animador-mor desse Espaço em que o bom cinema mundial respira todos os dias e bem.
Um VIVA! para ele.
É preciso agradecer também ao Ronaldo Rangel, da livraria do Espaço Itaú (antigo Unibanco), que se esforçou para conquistar uma beiradinha desse espaço privilegiado do cinema de São Paulo para nossas sessões mensais.
Um VIVA! para ele também.
Neste mês de março, nossa sessão-debate de início de temporada ocorre amanhã, 29 de março, às 20 horas.
ANOTEM A PROGRAMAÇÃO, que também está disponível em nosso blog:



Data
Título
Direção
Gênero
Elenco
Origem
 29/03
Meu nome é ninguém
Sérgio Leone
Westen Spaghetti
Henry Fonda e Terence Hill. Trilha: Enio Morricone
EUA-Itália
27/04
O ovo da serpente
Ingmar Bergman
Político
Liv Ulmann
Alemanha
25/05
Roma, cidade aberta
Roberto Rossellini
Histórico
Ana Magnani
Itália
29/06
Perdidos na noite
John Schlesinger
Drama
Dustin Hoffman e John Voigt
EUA
27/07
O incrível exército de Branca Leone
Mario Monicelli
Comédia
Vittorio Gassman
Itália


http://cineclubebaixaaugusta.blogspot.com.br
Sempre às 20 horas
Na Sala 6 (de cursos) do Espaço Itaú de Cinema da rua Augusta
(Antigo Unibanco)


GRÁTIS

VIVA O CINEMA!
VIVA O CINECLUBISMO!
VIVA O RECALCITRANTE CINECLBUE BAIXA AUGUSTA!


AMANHÃ, 29 de março:

MEU NOME É NINGUÉM
Il Mio Nome è Nessuno

De TONINO VALERII (1973, 35MM, 117 min, Itália/França/Alemanha,), Meu Nome é Ninguém marca a despedida de uma turma de veteranos. É a última atuação de Henry Fonda em faroestes e a última vez em que Sergio Leone esteve associado oficialmente a um produto do gênero, como produtor e argumentista, cedendo a batuta da direção a seu assistente de longa data, Tonino Valerii. E, considerando o retrospecto autoconsciente das obras de Leone, também um filme que terá a despedida como trama, verdadeiro epitáfio doSpaghetti – é o funeral de um espírito. Jack Beauregard (Henry Fonda) é o último dos pistoleiros do Velho Oeste, mas sua aposentadoria é adiada quando o atrevido Ninguém (Terence Hill) lhe oferece a chance de entrar na História ao propor que enfrente o Bando Selvagem, 150 homens contra ele, apenas. São várias as piscadelas de para os aficionados pelo Western, e nenhuma delas entrega tanto o jogo quanto a cova que Beauregard e Ninguém encontram num cemitério navajo, onde lê-se “Sam Peckinpah”. É a rendição mais direta à tradição clássica americana, sobretudo por trazer dois sujeitos de moral indubitável como protagonistas, prezar a construção de personagens e a estrutura do drama. O gênero vira um parque de diversões para o engraçadíssimo Hill em todo o vigor de suas caras e bocas, mas Fonda luta contra a vista cansada e a falta de fôlego para seguir adiante. Seu monólogo final, ao mesmo tempo sereno e dolorido, é o fade to black possível para um cinema que dependeu tanto da luz do sol, mas que sabe reconhecer a chegada do alvorecer.

por Rodrigo de Oliveira

Título Original: Il Mio Nome è Nessuno
Ano de Lançamento: 1975
País de Produção: Itália/França/Alemanha
Cor: Cor (Technicolor)
Formato de Exibição: 35mm
Duração: 117 min.
Direção: Tonino Valerii
Roteiro: Ernesto Gastaldi
Trilha Sonora: Ennio Morricone
Fotografia: Giuseppe Ruzzolini
Montagem: Nino Baragli
Produção: Rafran Cinematografica, Les Films Jacques Leitienne, La Société Imp.Ex.Ci, La Société Alcinter e Rialto Film Preben-Philipsen
Classificação Indicativa: 14 anos
Elenco: Henry Fonda, Terence Hill, Jean Martin